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O mineiro sovina! – Capítulo I.

 Hoje começo a publicar os capítulos de novo livro, cuja redação venho protelando há mais de um ano. Estão faltando desenvolver alguns aspectos da trama para lhe dar a forma final. Desejo colher críticas e sugestões para poder aperfeiçoar o trabalho antes que ele vá para o processo de edição e depois publicação como livro, não necessariamente acabado, mas o mais próximo possível do ideal. 

Paisagem da região de Sete Lagoas (Serra do Cipó).

 

Linda vista de uma cachoeira entre montanhas em Sete Lagoas (Serra do Cipó)

 

O mineiro sovina!
 
Capítulo I

 

A formatura.    
José Silvério da Silva, filho de um pequeno comerciante do ramo de alimentos em Sete Lagoas, estado de Minas Gerais, concluiu com brilhantismo o curso de bacharel em direito, pela Universidade Federal de Belo Horizonte. Na cerimônia de colação de grau, o pai, Pedro da Silva, não cabia em si de contentamento. A mãe, dona Elisa Ramos da Silva, vertia lágrimas de alegria em abundância. O sacrifício necessário para permitir ao filho se manter e estudar fora alto. Estavam colhendo os frutos do que haviam plantado ao longo dos anos.
No retorno à cidade natal, José Silvério encontrou uma grande festa. Seu pai queria compartilhar com os amigos, parentes e vizinhos a conquista do filho. Seria sem dúvida um advogado de renome em um future próximo. Por sinal já tinha recebido um convite. O principal associado de um dos maiores escritórios locais de advocacia, pedira para lhe fazer uma visita com vistas ao possível ingresso na sua equipe de trabalho que comandava.
Pedro havia alugado as instalações de um clube para realizar a festa. Houve fartura de comida, bebida e no final, animado por uma orquestra contratada a bom preço, foi realizado um animado baile. Todos os presentes vinham parabenizar José Silvério, augurando-lhe um futuro promissor. No decorrer da festa foi sutilmente convidado a comparecer nos próximos dias a mais de um escritório de direito. Havia os de maior expressão e também os que ainda se encontravam em fase de expansão. Todos queriam ter em seus quadros um bacharel que acabara de se formar na capital do estado com menção honrosa, fato que for a publicado em todos os jornais locais.
            Nos primeiros dias, após o retorno, tratou de visitar os amigos, os avós, os tios, sem deixar de fazer uma visita a todos os escritórios que o haviam convidado. Ouviu as diversas propostas de trabalho, as funções que iria desempenhar, os ganhos iniciais e principalmente as possibilidades de fazer carreira. Iria analisar todas elas e faria sua escolha. Para isso iria levar em conta os aspectos econômicos, bem como as áreas de atuação de sua preferência. Não havia pressa, afinal estavam às vésperas das festas de fim de ano e ninguém iria tomar decisões importantes em litígios durante aqueles dias. Poderia gozar um merecido descanso junto à família. Depois iria mergulhar com todo gás no trabalho, fosse onde fosse recair a sua escolha.
            O pai lhe proporcionou uma estadia de alguns dias no Rio de Janeiro, onde visitou os locais turísticos, aproveitou o sol nas belas praias. Paquerou as belas banhistas, sem no entanto se envolver com nenhuma delas. Os anos de convivência acadêmica na tradicional Belo Horizonte, haviam lhe ensinado alguma coisa no tocante as mulheres. Não deixaria nenhuma aventura leviana por em risco suas aspirações de futuro e havia assimilado muito bem o espírito tradicional mineiro. No primeiro e Segundo ano de sua permanência em Belo Horizonte, envolvera-se em dois casos amorosos. A experiência não for a das melhores. Ao se ver desvencilhado decidiu ir bem menos fundo nessa questão, deixando para mais tarde, quando sua situação profissional estivesse consolidada para pensar em constituir família. Havia tempo suficiente para isso.

            Não deixou de se fazer presente a algumas casas noturnas para se divertir. Previa nos próximos anos com muito trabalho, muitas horas dedicadas aos estudos e análise de processos. Fazia questão de ser um bom profissional e para isso precisaria primeiro conseguir aprovação na prova da OAB, conquistando assim seu registro de advogado. Só então seria um profissional de verdade. Por ora estava habilitado a atuar em alguns cargos públicos em que não precisaria atuar em tribunais, perante juízes. Tinha porém o desejo de ser complete em sua profissão. Era ambicioso e queria também recompensar o sacrifício dos pais durante os longos anos de estudos na capital.

Cachoeira na Serra do Cipó.

 

Cachoeiras em sequência na Serra do Cipó.

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