A Guerra do Paraguai.
Por Luiz Octávio de Lima
Quero primeiramente agradecer ao meu filho Anselmo Daniel Adams que encontrou essa verdadeira jóia e resolveu presentear-me com um exemplar antecipadamente ao meu aniversário e também pelo Natal. O assunto me atrai intensamente.
Em segundo lugar também agradeço ao autor, Luiz Otávio de Lima pelo primor de sua pesquisa minuciosa, resultando num livro riquíssimo sobre esse evento tão importante. Quando passamos pelos bancos escolares, temos uma ligeira pincelada, em questão de uma ou duas aulas, pouco mais talvez. Dessa forma não é possível abordar em profundidade todos os fatos antecedentes a esse conflito, sem dúvida o mais extenso e sangrento da história sul-americana, pós colonização. Quero aproveitar para recomendar aos professores (mestres) da disciplina de história, que leiam essa obra, se quiserem enriquecer seu conhecimento a respeito. Se for possível disponibilizar sua leitura aos educandos, pelo menos os mais afeitos à leitura, será de grande valor.
O autor Luiz Octávio de LIma, não apenas fez um relato bastante detalhado e fiel de todos os feitos havidos no decorrer desse conflito. Foi muito mais longe. Traçou todo um histórico da região conflagrada, desde os primeiros anos de coonização, passando pelos fatos da independência, os conflitos regionais entre províncias oriundas das colônias espanholas, seus relacionamentos com o que veio a ser o Império brasileiro após a independência. As disputas territoriais entre províncias Argentinas, Cisplatina, Uruguai, Paraguai e o grande significado dos rios Paraná, Uruguais e Paraguai para a navegação, levando às áreas interioranas do continente.
Os primeiros governos paraguaios, todos na família de onde saíu Francisco Solano Lopez. A atuação deste na época ainda pretendente ao cargo de líder de seu país, quando viajou para Europa, em busca de cooperação, investimentos industriais, armas, navios e apoio.
O conflito é denominado de diferentes formas por cada um dos países intervenientes. No Brasil usamos o termo Guerra do Paraguai. Já no país mais castigado, é conhecido como a Guerra contra a Trílice Aliança (Brasi, Uruguai e Argentina). O comando geral das tropas coube ao General Mitre, embora nunca houvessem contribuido com maioria de homens para combate. Somente o Brasil dispunha de uma esquadra capaz de enfrentar os navios paraguaios. Por muito tempo, os avanços foram contidos, causando enormes perdas em equipamentos e vidas humanas.
Houve excessos de todos os lados. Em alguns momentos do conflito, as crueldades praticadas alcançaram as raias da carnificina gratuita, tanto contra os oponentes, quanto contra integrantes do próprio país, como foi o caso do Paraguai, quando Solano Lopez condenou à morte vários membros de sua própria família.
Entre as tropas brasileiras foi notável uma fase de desvario do Conde D’Eu, genro de D.Pedro II.
Por fim, Francisco Solano Lopez, dispondo apenas de velhos e crianças, ao ponto de seu filho primogênito Panchito, ser promovido à patente de Coronel, aos 16 anos. Morreu em combate, negando-se à rendição, quando o próprio pai já havia sucumbido no norte do país, a poucos quilômetros do território brasileiro.
Terminados os combates, o Paraguai ficou entregue a um governo provisório, já criado anteriormente à morte de Lopez. O país estava destroçado. Praticamente todos os homens em condições de trabalho e esperança de um futuro melhor haviam morrido durante o conflito. Restavam as mulheres e alguns meninos, de onde se teve que partir para refazer um país em frangalhos.
Quem tiver acesso a essa livro, sendo afeito à narrativas históricas, não deixe de ler. Vale muitíssimo a pena, pois o trabalho do jornalista, autor do livro, coletou uma imensa gama de informações preciosas. Desejo boa leitura a todos.
Curitiba, 24 de dezembro de 2017.
Decio Adams, IWA
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