A lâmpada de Aladim e o Gênio.
Desde muito jovem conheço a história da lâmpada de Aladim com seu gênio, capaz de realizar desejos, praticamente impossíveis. Creio que todos, idosos, de meia idade, adultos jovens, adolescentes e crianças, tivemos em algum momento, por meio da TV, livros, ou alguém que contou, contato com essa fábula. Existem algumas pequenas variações, mas o centro da história permanece inalterado. Com o tempo surgiram algumas variações divertidas. Há sempre alguém pronto para fazer uma deturpação de uma música, poesia e por que não, uma fábula. Vou contar algumas delas em uma sequência de artigos.
Uma delas, os Hermanos argentinos me perdoem, mas eles levam a pior nessa. Casualmente se encontraram no deserto do Atacama um brasileiro, um argentino e um uruguaio. Compartilharam o tempo durante um percurso entre dois lugares e nesse trajeto, encontraram uma lâmpada.
O “hermano” se pôs logo a esfrega-la. Em instantes o Gênio apareceu e lhes falou:
– Vocês têm direito a fazer três pedidos que eu vou realizar. Quem vai fazer o primeiro?
Já estavam há bastante tempo na região e cansados de tanto caminhar, sentir o ar seco, o uruguaio se adiantou e falou:
– Io quiero que nos pongas los três em el punto de encuentro de las fronteras de Uruguai, Argentina e Brasil.
Vupt! Instantaneamente estavam os três transportados para o ponto, na margem do Rio Uruguai. Olharam-se e dessa vez o argentino se adiantou para fazer o seu pedido.
– Io quiero que hagas uma muralla al rededor de todo mi país. Que nadie pueda entrar en mi pátria.
Vapt! Um alto muro surgiu instantaneamente cercando toda a Argentina. O argentino estava do outro lado do muro. Subiu e acenou aos companheiros por cima do muro, dando adeus.
Restava ao brasileiro fazer o seu pedido. Ele indagou ao gênio:
– Esse muro é bem fechado mesmo, não vasa nada?
– Herméticamente fechado! – disse o gênio.
– Então enche tudo de água!
A última coisa que se ouviu foi o ex-companheiro nadando e pedindo socorro do outro lado do muro.
Em outra história desse tipo, temos um português, um francês e um italiano caminhando por um deserto no norte da África e tropeçaram em uma lâmpada. Manoel não perdeu tempo e começou a esfregar o objeto.
Com um silvo o gênio emergiu da lâmpada e se postou diante deles de braços cruzados, dizendo:
– Cada um pode fazer um pedido, para ser justo. Quem começa?
-. Eu, – disse o italiano – leve-me para a melhor ilha do Havaí, com muitas mulheres bonitas, com bastante dinheiro.
Vuch! O italiano sumiu, ficando o francês e o português se entreolhando.
– Quem é o próximo?
– Me leve para o castelo mais bonito e luxuoso da França. Quero muitos empregados e cavalos. Adoro cavalos.
Switch! Lá se foi o francês para o seu castelo. Manoel ao se ver sozinho, começou a esboçar um início de choro.
– Vai chorar o gajo? – disse o gênio.
– É que eu não tenho nenhum lugar para onde ir e não quero ficar sozinho aqui. Pode trazer meus companheiros de volta?
Vapt! Os dois voltaram instantaneamente. Se olharam e começaram a correr atrás de Manoel, querendo pegá-lo para lhe dar uma surra. Ele os privara da realização de seus sonhos. Enquanto isso o gênio se recolhia à sua lâmpada para mais uma temporada de sono genial. Acho que o Manoel está correndo até agora, se é que os dois não cansaram de tentar pegá-lo. Ele parecia ter treinado para correr o Iron Man, mas na velocidade de um velocista dos 100 m rasos.
Outro dia eu conto mais uma.
Décio Adams
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