Tendo interesse em ver uma maior variedade de imagens, basta digitar no buscador do Google a expressão Cataratas do Iguaçu e logo terá à disposição uma variedade de sites para escolher o que mais lhe agradar. Há literalmente milhares de vistas mostrando uma infinidade de ângulos, pontos de observação e também momentos diferentes. Trata-se de um espetáculo dinâmico, cujo aspecto diário é determinado pelas condições climáticas. Apresenta alternadamente situações de grande volume de água e em outros momentos um volume reduzido, permitindo alcançar a pé pontos bem próximos das quedas maiores. Não tenho pretensão de esgotar o assunto ou dizer a última palavra. Apenas um pequeno roteiro de maravilhas naturais de nosso país.
Não muito distante das Cataratas, existiu até a década de 80 do século XX, no curso do Rio Paraná, do qual o Iguaçu é afluente uma outra maravilha natural denominado Salto de Sete Queda, ou em espanhol Salto del Guairá, junto a cidade de Guaira, próximo à divisa dos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul. Eu disse existiu, pois com o fechamento do canal de desvio e colocação das comportas da usina de Itaipu, formou-se um imenso lago artificial que cobriu totalmente a série de 19 corredeiras ou cachoeiras que levavam o nome Sete Quedas. Em um momento de estiagem, algumas pedras e mesmo as corredeiras voltaram a aparecer. A inexistência de recursos digitais avançados comparáveis aos de hoje, especialmente no ramo da fotografia, deixou para a posteridade um menor número de imagens disponíveis para o interessado ver. Mesmo assim é possível encontrar material bastante bom e interessante sobre o assunto, uma vez que só é possível ver por imagens o que foi. Muito remota é a probabilidade de que um dia o lugar voltará a ser semelhante ao que um dia foi.
Antes de atingir as pedras o rio Paraná se espraia numa largura considerável e ao londo de uma espécie de canion a água vai se precipitando em seu interior, formando uma torrente caudalosa.
Havia um grande número de passarelas, ou pontes suspensas onde os turistas passavam para admirar o espetáculo das águas revoltas no fundo do cana. Na imagem a seguir esse detalhe é mais visível
Nessa vista do alto dá a impressão de uma porção de afluentes desaguando em um rio principal. No entanto olhando mais acima e a direita é possível visualizar uma imensa superfície de água que se vai repartindo em diversos canais e depois se juntam todos em um único, recompondo o rio, agora espremido entre as rochas de um canal bem mais estreito do novo leito.
Este é o trecho inicial das quedas, onde havia cachoeiras dos dois lados e depois apenas pelo lado brasileiro ocorre a sequência.
Nessa visão um momento mais calmo, trazendo diversos pontos de queda formando novamente o imenso curso de água do rio. Ao redor uma cobertura florestal vistosa.
Cachoeira de Paulo Afonso.
Também aqui a mão do homem, na busca do progresso, interferiu na natureza, utilizando-se das quedas naturais da água para transformar sua imensa quantidade de energia potencial em energia elétrica, tão necessária para sustentar o progresso, o conforto de uma população cada vez maior e mais sequiosa de energia farta. Ainda existe possibilidade de ver parte do que a natureza fez, pois, devido à configuração dos saltos, foi possível preservar alguma coisa sem perda de potencial energético.
Nessa imagem vemos um ponto em que houve interferência humana. Nitidamente pode-se ver do lado direito uma espécie de mureta para impedir o espraiamento da água para fora do leito. No meio existe uma árvore, contradizendo o que conhecemos habitualmente. Deve ser um ponto em que a água passa casualmente, em momentos de abertura de comportas ou maior volume de chuvas.
Vemos aqui a água escorrendo por canais laterais e se reunindo para depois se precipitar em uma queda de maior altura.
É notável a conformação rochosa do terreno e a água fazendo o que a literatura costuma descrever como uma habilidade. Ao encontrar um obstáculo ela o contorna, escorre pelo caminho mais fácil, mesmo que seja o mais longo, pouco importa. Podemos perceber uma vegetação pouco densa nas proximidades das margens, em vista do solo excessivamente rochoso, impedindo o desenvolvimento de florestas de maiores dimensões e densidade.
Aqui é visível um arco íris em meio à densa nuvem de vapor que se eleva das águas espumantes que se agitam ao fundo.
No próximo irei falar das cachoeiras, saltos e quedas situadas em Prudentópolis no estado do Paraná.
Aurelio Cesar Stupp24/08/2014 at 4:56 PM
Lindo demais, uma pena que as Sete Quedas ficaram embaixo da Itaipu, mas infelizmente o progresso tem dessas coisas.
Abraço!