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História do Brasil – Guerra do Paraguai – Final melancólico e vergonhoso.

 

 

Cerro Corá
Vista de maciço rochoso em Cerro Corá, hoje Parque Nacional de Cerro Corá.

Final melancólido e vergonhoso.

 

 

“Acá jazen diez valientes guerreros paraguaios, muertos por un covarde brasileño.”

Batalha da Guerra do Paraguai.
Pintura representando a Batalha de Tuyuti, na Guerra do Paraguai.

 

Morei em Foz do Iguaçu de maio de 1968 a início de fevereiro de 1976. Nesse período trabalhei no extinto Banco Comercial do Paraná S.A., depois na empresa de exportação Irmãos Keller Ltda, sendo que de 1972 ao final de 1975, também lecionei Matemática no Ginásio Estadual Dom Manoel Könner, no período noturno.

Durante esses praticamente 8 anos, convivi com muitas pessoas de todos os cantos do Brasil e estrangeiros, principalmente paraguaios durante o período na empresa exportadora. Em frequentes ocasiões ouvi a frase que destaquei no começo desse texto, ser pronunciada em meio a sonoras gargalhadas e diferentes expressões de chacota, relativas ao povo paraguaio, derrotado pelo Brasil e seus aliados Argentina e Uruguai, na Guerra do Paraguai (1865/1870).

Inicialmente aderi ao espírito galhofeiro com que a frase era contada, referindo-se a um suposto monumento em homenagem a cidadãos mortos na guerra. A pergunta sempre presente era:

– Se um covarde” brasileiro foi capaz de matar a dez valentes guerreiros paraguaios, o que não faria um valente brasileiro? Certamente daria cabo de meio exército inimigo.

 

O que ninguém se perguntava era a existencia da possibilidade uma explicação mais lógica, justa e coerente para essa homenagem, aparentemente hilária. Eu especialmente, apesar de participar das brincadeiras, guardei no fundo da mente um “verme” que me corroeu durante mais de 40 anos. Hoje, pesquisando sobre a Guerra do Paraguai, tendo em vista um novo livro que comecei a redigir, me deparei com uma explicação possível e mais bem ajustada a essa inscrição, no mínimo insólita.

Depois de terem expulsado as tropas paraguaias do território brasileiro, uruguaio e argentino, Bartolomeu Mitre e Flores defenderam a não perseguição em território paraguaio. Com a sua retirada do comando, quem assumiu o comando foi Luiz Alves de Lima e Silva, depois Duque de Caxias. Sob seu comando a guerra prosseguiu até a conquista de Assunção, quando ele se demitiu do comando, por julgar carnificina inútil a continuação da perseguição ao ditador fugitivo.

Tendo sob seu comando alguns milhares de adolescentes, velhos, inválidos e uns poucos soldados, Solano Lopes se dirigiu para o norte, na parte montanhosa do país, sendo perseguido por um contingente bem mais numeroso. Em lugar de Luiz Alves de Lima e Silva, assumiu o Conde d’Eu, marido da princesa Isabel. No comando direto da tropa que participou do último combate, nas proximidades de Cerro Corá, na beira de uma sanga, estava o General Câmara. Restando-lhe algumas centenas de adolescentes famintos, doentes e maltrapilhos, Lopez foi encurralado e instado a se render. Em se negando a rendição, foi alvejado, depois ferido pela lança do soldado conhecido como “Chico Diabo” e por fim atingido na cabeça com um golpe de baioneta que o vitimou finalmente. Depois da derrota final, o General Câmara assim comunicou ao Imperador D. Pedro II o feito, ocorrido em 01 de março de 1870 (há uma divergência quanto a essa data, pois encontrei em outro registro, “01 de maio” do mesmo ano):

Túmulo de FSL por 70 anos
Vista da região de Cerro Corá, Tumba de Francisco Solano Lopes por 70 anos e Tumba de Panchito, filho de Solano.

 

Panchito Lopes, filho de Solano
Placa indicando o local da tumba de Panchito Lopez, filho de Solano Lopez.

“O tirano foi derrotado, e não querendo render-se foi morto a minha vista. Intimei-o com ordem de render-se quando estava completamente derrotado e gravemente ferido, e não querendo, foi morto.” E a missão de matá-lo coube ao lanceiro Chico Diabo, que perfura seu ventre com uma pontada de baioneta. Perdendo muito sangue, López tenta sair da sanga. Cai e novamente é intimado a render-se. Nega-se. Resiste fracamente ao desarmamento. Então, o lanceiro brasileiro lhe abre o crânio com um raivoso golpe de baioneta. Agonizante, antes do último suspiro, Solano López teria dito: “Muero con mi Patria”. (Esse texto entre aspas foi copiado da publicação de 27/10/2011, do jornal semanal Mensageiro, da cidade de Medianeira – PR).

As páginas gloriosas escritas por inúmeros soldados brasileiros com seus atos de heroísmo no decurso das batalhas como Tuyuti, Curupaiti, Humaitá (parte naval), e outras, foram manchadas com uma nódoa de vergonha após a derrota final do inimigo.

Eufóricos com a vitória tão finalmente conquistada, um grande número de integrantes das tropas se dedicou à pilhagem, saque e o que é mais triste, vergonhoso, inominável à chacina, estupro e toda sorte de vilanias contra os indefesos moradores da região interiorana do país derrotado. Os velhos e crianças não tinham como se defender. Foram mortos de maneira brutal, depois de terem seus poucos bens saqueados, suas esposas e filhas violentadas e mortas. Uma mancha horrorosa que paira sobre o glorioso exército brasileiro,  perpetrada por um bando momentaneamente inebriado com o gozo da vitória, dando-se ao direito de fazer o que bem lhes aprouvesse. Nem só os soldados praticaram atos de vilania. Até o General Câmara gerou um filho com uma irmã de Solano Lopez, como represália pela “ousadia” do inimigo agora morto e enterrado.

O filho de Lopez, Panchito, ostentando a patente de Coronel, foi dos últimos a morrer. Instado a render-se, teria gritado:

– Un Coronel paraguayo no se riende!

Continuou a lutar e foi abatido sem piedade.

Diante dessa parte da história, que não aparece nos compêndios colegiais, consigo entender de modo diferente aquela frase. Prefiro pensar que se trata de uma chacina, covardemente perpetrada contra soldados adolescentes ou inválidos, que se renderam, na esperança de terem a vida poupada. Provavelmente um “covarde” os matou, não sei se por degola ou de outra foram. Pouco importa a forma e sim o ato covarde em si mesmo.

Chego a pensar que, em muitos momentos, nós brasileiros fomos e continuamos a ser injustos para com os irmãos paraguaios quando nos referimos a eles com palavras depreciativas. Eles foram submetidos pelos nossos soldados a humilhações inomináveis, violência injustificada depois da rendição.

Uma coisa é matar um inimigo durante o fragor da batalha, por mais brutal que isso possa parecer. Naquele momento é uma questão de escolha: ou mata ou morre. A escolha natural é matar e continuar vivo. Outra bem diversa é trucidar cruelmente pessoas indefesas, até mesmo mulheres e crianças. Um ato imperdoável sob todos os prismas que se possa olhar.

Cerro corá 3
Outra vista do maciço rochoso de Cerro Corá.

 

O Brasil justificadamente combateu as tropas paraguaias em retribuição aos ataques e invasões sofridas em seu território, junto com Uruguai e Argentina, de quem Francisco Solano Lopes queria abocanhar um vasto território que lhe abriria o caminho de acesso ao mar, facilitando seu comércio com o resto do mundo. É inquestionável a justiça da reação brasileira. O nosso exército se portou com heroísmo e galhardia durante a maior parte do conflito, arcando na fase final praticamente sozinho com todo ônus humano e material.

Fica a mancha rubra dessas atrocidades cometidas pelos vitoriosos ao final do conflito. Eis a razão do título dessa matéria.

Em minha opinião devemos um pedido de perdão aos irmãos paraguaios pelas atrocidades cometidas ao final da guerra. Isso é o mínimo que possamos fazer, se é que ainda não foi feito. Desconheço qualquer iniciativa nesse sentido.

 

Curitiba, 18/03/2015.

Décio Adams.

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Comments (18)

  • Jorge04/10/2016 at 12:34 AM

    Se morreram todos os homens e criancas, e as mulheres foram engravidadas pelos soldados, nao existe mais “paraguaio”, o que se tem hoje sao descendentes de brasiguaios…
    O Paraguai invadiu o Brasil, a manutenção da guerra se deu por negativa de Lopes a render Se, até os últimos momentos…
    O exército de crianças foi armado e criado pelos próprios paraguaios, bizarro eh mandar criança pra guerra.
    Criança com fuzil que quer te matar eu mato mesmo.

    • Décio Adams09/10/2016 at 12:43 PM

      Sempre temos que analisar esse tipo de ocorrência, levando em questão ambos os pontos de vista. O que em geral é feito, erroneamente, a história ser contada apenas levando em conta a visão dos vencedores, esquecendo-se a dos vencidos. Estes certamente terão muito o que dizer, pois, não raro, são vítimas das atitudes inconsequentes de seus governantes ou opressores.
      Décio Adams

    • decioadams11/01/2017 at 12:43 PM

      A minha critica não é feita ao fato de combaterem quem estava do outro lado com arma em punho para ‘matar ou morrer”. Minha crítica vai para o comportamento desumano e cruel dos soldados brasileiros, após a rendição e morte dos poucos sobreviventes, com relação às famílias, crianças e velhos. Estuprar e humilhar, maltratar essas pessoas, não posso aprovar. Quanto às razões do conflito, é preciso fazer-se uma análise bem profunda e detalhada. Não podemos tomar como referência as poucas palavras contidas nos compêndios de história oferecidos aos alunos nas nossas escolas. Sempre teremos uma visão unilateral, capenga dos fatos e isso não serve para balizar nossas convicções.
      Décio Adams.

  • Key08/04/2016 at 5:17 PM

    La guerra fue provocada por los brasileros no se hagan de que fueron “ofendidos”. Brasil ataca al legitimo gobierno de Uruguay quien solicita ayuda del Paraguay. Y Solano Lopez mando ULTIMATUM al Brasil si atacaban al Uruguay seria Casus Belli, y USTEDES ATACARON Y BOMBARDEARON PAYSANDU derrocando al LEGITIMO gobierno uruguayo. Y en 1867 Lopez busco la paz en la entrevista de Yatayty Cora y USTEDES SE NEGARON.

    • Décio Adams18/04/2016 at 5:18 PM

      Hermano! No vamos a empezar una nueva disputa por questiones del pasado. Lo que io tenia em miente al escribir el texto era destacar la verguenza del ejercito brasileño al final, por desrespectar las mujeres, niños, viejos en general. Lo que paso, es cosa del pasado y, por mas que pudieramos querer modificar los acontecimientos, eso es impossibile. Que nos sirvan las lecciones para en el futuro no tenermos repeticiones de cosas semellantes. Un abraço de hermano, no de enemigo.

  • Luiz Carlo maldonado30/11/2015 at 11:27 PM

    Caro amigo
    Tenho um filho no BNDES e outro no DNER e ambos me garantem q o Brasil foi penalizado pela ONU a construir e fazet manutenção mas estradas paraguaias notadamentefoz assunção, penalidade imposta devido a covardia exercida na guerra aofinal. Gostaria de saber se o amigo sabe algo a redpeito.
    Fraternalmente

    • Décio Adams01/12/2015 at 12:24 AM

      Obrigado por ler meu post e parece que lhe ajudou a refletir sobre um assunto que muitos dos nossos concidadãos sabem bem pouco. Talvez nem lhes importe saber, ficando apenas preocupados com as coisas do momento. Quanto à sua pergunta eu desconheço qualquer coisa nesse sentido. Me parece ser difícil que algo assim tenha ocorrido, uma vez que a ONU é um organismo que foi criado quase um século depois, ao término da Segunda Guerra Mundial. Seria um pouco complicado fazer um julgamento e aplicar punição tanto tempo após os fatos. Talvez valha a pena investigar. Se os seus tiverem acesso a documentos onde se possa obter alguma indicação nesse sentido, seria relevante trazer isso à luz do conhecimento da população. Estou à disposição para qualquer troca de informações. Um abraço fraterno.

  • Osvaldo Sanches25/08/2015 at 6:32 PM

    Ótimo que você goste de historia, convido-o a pesquisar sobre a ofensiva Paraguaia. Lá achara os covardes paraguaios que também cometeram atrocidades. É ingenuo se pensar que ao final de uma guerra não se cometa excessos. Basta relermos a derrota de Hitler, que assim como Lopes não se rende e num ato de puro orgulho e egoismo submete seu povo a um sofrimento desnecessário, pois a Guerra já estava perdida. Atrocidades e atos covardes aconteceram dos dois lados, portanto não existe uma vitima, elas também existem dos dois lados, lembrando que a Guerra foi uma escolha deles não nossa.

    • Décio Adams25/08/2015 at 6:49 PM

      O melhor mesmo seria não haver mais guerras. Mas para isso as armas teriam que ser banidas da face do planeta. Quem pode garantir que isso seja realmente feito? Ninguém, por isso, sempre se pensa que a melhor defesa é estar preparado para enfrentar qualquer ataque. E no fim das contas sempre acontece que alguém dá uma ordem e a coisa começa. É sempre mais difícil parar a guerra do que começar. Nem um nem outro quer ser derrotado, ou depor as armas sem levar alguma vantagem. O diálogo sempre será o melhor caminho para evitar chegar às vias de fato do uso das armas. Esgrimir com palavras é menos letal que com fuzis, metralhadoras, canhões, misseis e bombas.

  • Edson25/08/2015 at 1:51 AM

    Infelizmente esses atos são característicos das guerras, nem sempre o combate acaba quando a guerra termina, pelo menos na cabeça do soldado. Se devemos desculpas ao Paraguai por ter cometido tais atrocidades, ele devem mais desculpais ainda por provocar uma guerra conosco.

    • Décio Adams25/08/2015 at 9:24 AM

      Apenas acho que o povo paraguaio mesmo tem bem pouco a ver com a guerra em si. Muitos fatos externos e alheios à vontade popular envolveram o início desse sangrento conflito em que, a bem da verdade, todos saíram perdendo, principalmente o Brasil e o Paraguai ficou arrasado. Sua reconstrução se deveu à tenacidade das mulheres que sobreviveram, pois homens restaram poucos em condições de trabalhar. A reconstrução teve que acontecer desde o quesito populacional. Para quem conhece a história, principalmente as entrelinhas, não o que consta nos compêndios escolares, sabe que o que nesses se relata é apenas a visão dos vencedores, deixando os vencidos subjugados aos pés. Aliás como sempre foi e provavelmente será (enquanto houver guerras).

      • Edson27/08/2015 at 12:06 AM

        Hoje em dia não temos nenhum motivo para menosprezar o povo paraguaio, do mesmo jeito que não devemos nenhum pedido de desculpas e muito menos reparação financeira por motivo da guerra. Realmente o povo paraguaio não teve e não tem muito a ver com a guerra, da mesma maneira que nosso povo, hoje, também não tem nada a ver e não deve desculpas a ninguém. Eles tinhas as ambições deles, nos provocaram, saíram perdedores e pagaram o preço de perder uma guerra. O mundo é assim, ninguém pede desculpas a ninguém por vencer uma guerra (me perdoe a ironia).
        Falando do post, achei muito bom e esclarecedor. De forma rápida o leitor pode ter uma visão geral da guerra e ainda conhecer alguns episódios não muitos conhecidos sobre o conflito. Parabéns.

        • Décio Adams27/08/2015 at 5:29 PM

          Grato pelo comentário. Eu aprendi sobre essa guerra na primeira ou segunda série do ginásio, lá nos princípios da década de 60, século XX. O professor é hoje falecido. Era na época padre e depois se tornou bispo de Santo Ângelo. Pesquisando sobre o assunto, visando outras finalidades, acabei descobrindo detalhes que habitualmente não constam dos compêndios escolares. Durante muito tempo me ufanei dos feitos bélicos de nossas forças armadas. Hoje tenho algumas dúvidas. Não que tenham se portado mal, mas pelo fato de passar a ver o fenômeno “Guerra” com olhos diferentes. Se não fosse a visão egoísta e egocêntrica que temos da vida e das coisas em geral, poderíamos adotar o diálogo, a diplomacia, em substituição às armas, permitindo uma convivência harmônica. Resolveríamos nossas discordâncias sem o uso da violência.
          Enquanto isso não acontece, infelizmente teremos guerras ainda por muito tempo sobre a face da terra. Realmente, jamais soube de um povo que tenha pedido desculpas ou perdão ao vencido em uma guerra, mesmo sendo a iniciativa de iniciar o conflito tomada pelo vencedor. Seria pedir algo além da capacidade humana de reconhecer seus erros.

    • Felipe Amaro Schmitt07/09/2016 at 12:43 PM

      A guerra do Paraguai foi provocada pelo Brasil,Argentina e Uruguai,pelo motivo vil de que o Paraguai estava se industrializando,enquanto que os citados países tinham somente uma economia agropecuária.

      • Décio Adams07/09/2016 at 1:02 PM

        Ao escrever esse artigo, minha intenção não foi discutir os motivos, muito menos quem provocou ou deixou de provocar a guerra. Tenho certeza de que por trás desse evento trágico, especialmente para o povo paraguaio que teve seus integrantes do sexo masculino praticamente dizimados, há muito mais questões do que possamos jamais vir a saber. Provavelmente interesses de outras nações, que ficaram bem distantes enquanto nossos melhores soldados morriam em combate e nossas economias eram consumidas na sustentação desse conflito fratricida.
        O que eu tinha em mente era chamar atenção para o comportamento vergonhoso de parte das tropas brasileiras, ao final do conflito, cometendo atrocidades inomináveis, de forma a cobrir de “lama” os uniformes do exército brasileiro. E digo “exército brasileiro”, pois os argentinos haviam ficado para trás e se retirado, enquanto o Uruguai teve, desde o princípio participação pouco expressiva. A maior carga econômica recaiu sobre o Brasil, enquanto a Argentina se valeu de sua posição vantajosa para servir de fornecedor de suprimentos às tropas em conflito, saindo, ao final com um bom lucro.
        Ao final, os mais prejudicados, foram Paraguai que foi aniquilado e perdeu praticamente toda sua população masculina, além do sistema produtivo que foi inutilizado. O Brasil por arcar com os custos de deslocar grandes contingentes de regiões mais ao norte, alocando navios, material bélico e toda sorte de suprimentos. Também pagou à Argentina pelos suprimentos, especialmente na questão alimentação, ao vizinho Argentina.
        De minha parte, sou por natureza avesso à guerra. Tenho convicção de que é o ato de maior estupidez da espécie humana. Se uma fração pequena de todos os recursos até hoje gastos ao longo da história para praticar as guerras intermináveis, fosse aplicada para o bem da humanidade, o mundo poderia ser um verdadeiro paraíso.

  • Evandro Adams02/04/2015 at 7:39 PM

    Isso é algo que eles nunca vão nos perdoar 100%. Mesmo que hoje as relações comerciais sejam amplamente favoráveis ao Paraguay, perante o Brasil, ainda permanece de nossa parte esse tom depreciativo, tipo, comprou uma determinada coisa ou objeto “paraguaio” que quer dizer o que amplamente sabemos no Brasil, falsificado, sem qualidade, 2° linha, etc. Quando na realidade tais mercadorias nem são produzidas lá, e sim em países asiáticos, cabendo a eles a comercialização apenas.

    • Décio Adams02/04/2015 at 7:53 PM

      O final da Guerra do Paraguai, em verdade foi uma página que enche de vergonha ao exército nacional. Se antes, sob o comando de Luís Alves de Lima e Silva foram escritas páginas de gloria, no apagar das luzes do conflito, nossos soldados e oficiais infelizmente fizeram de tudo para desmerecer o nome do país.

      • Décio Adams02/04/2015 at 7:56 PM

        Os dois falam do mesmo acontecimento. Um no contexto de um romance que estou escrevendo e este num artigo específico sobre o assunto em pauta.

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