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Uma mensagem de alerta e orientação.

Nestes dias que correm, vejo o mundo inteiro prostrado ante um micro organismo, aliás nem é bem um organismo. É apenas uma ínfima porção de RNA, envolta em uma fina camada de gordura. Não possui capacidade de se multiplicar por suas próprias armas, mas consegue se apoderar de uma célula do organismo portador (humano), preferencialmente nas vias respiratórias, consegue fazer a célula dominada replicar inúmeras cópias de seu RNA. No limite, a célula se rompe e morre, mas lança no mesmo instante uma infinidade de cópias do agente invasor. Esse processo se repete até dominar completamente o corpo do infectado.

A maior ou menor capacidade de reação do sistema imunológico faz com que os níveis de manifestação em sintomas de doença sejam variados. Inicialmente nos foi dito que os mais atingidos seriam os idosos e os portadores de alguma comorbidade como doenças respiratórias crônicas, insuficiência cardíaca, fumantes, diabéticos e demais males que em geral afetam grande parcela das pessoas idosas. Mas a realidade se mostrou mais cruel. Diariamente são noticiados óbitos de crianças, adolescentes, jovens, adultos na faixa dos 20 aos 50 anos. Foi decretado o isolamento social ou distanciamento social, mas uma enorme parcela de pessoas, de todos as faixas etárias descumpre essas determinações. Também foi tornado obrigatório o uso das máscaras, mas ainda assim uma significativa quantidade de pessoas se nega a usar. Todas essas providências visam minimizar as probabilidades de transmissão da moléstia.

Não foi um nem dois os casos em que pessoas foram entrevistadas e lamentando a perda de um ente querido, que foi infectado por uma das formas de desobediência às medidas de precaução. Infelizmente, qualquer dano material que soframos por conta de um período de inatividade pode posteriormente ser recuperado, porém a vida de ninguém que tenha morrido, pode ser devolvida. Não bastasse a morte em si, há ainda o fato de ser um modo horroroso de morrer. É praticamente como se afogar, sem haver água por perto. Imaginar um ente querido lutando para viver, tentando conseguir um pouco de oxigênio e a moléstia não permitir, por ter destruído o sistema de absorção do precioso elemento.

Tenho lido algumas postagens, especialmente no facebook, no messenger e até WhatsApp, em que pessoas moradoras de pequenas localidades indagam se alguém sabe da existência de algum doente da Covid-19 na região, entre seus parentes e amigos. Deixam, pelo menos na aparência, transparecer um ar de troça ou de deboche em relação à moléstia. Não sei se fazem isso por influência superior, de onde vem a mensagem de que se trata apenas de uma “gripezinha”, que não afeta os jovens e crianças. A eles eu recomendo, deem graças a Deus se ainda estão livres. Orem fervorosamente que o Criador não permita o aparecimento em sua região de alguém, vindo de outra cidade e seja portador do vírus. Mesmo estando assintomático, já é transmissor e não fica rasto. O efeito irá aparecer em alguns dias e daí será tarde. Ninguém está livre.

É evidente que as localidades mais isoladas são menos suscetíveis de contágio, mas não são blindadas de modo algum. Não caiam na conversa de que estão protegidos e nada os atingirá. Lembrem-se que, se estão mais isolados, também é quase certa a inexistência no local recursos médico/hospitalares adequados para o tratamento eficiente. Isso obrigará ao transporte para longe, expondo uma série de pessoas ao contágio. O paciente, uma vez internado, fica inacessível aos familiares. Se sobreviver a família receberá o aviso da alta, quando ocorrer. Se ocorrer o óbito, sairá do necrotério em caixão lacrado e deverá ser sepultado quase sem tempo para qualquer coisa. Assistam aos sepultamentos que diariamente ocorrem nos centros como SP, Manaus e outras metrópoles. Falta pouco para que a urna seja colocada no buraco e imediatamente coberto de terra. Ficará até difícil de identificar a sepultura num momento posterior.

Por isso, se ainda existe sossego nesse aspecto em sua comunidade, tomem o maior cuidado no contato com quem vem de fora ou quando tiverem que se deslocar até um centro maior. O vírus é minúsculo, invisível a olho e extremamente mortal. Não esqueçam do fato de que ele se transmite muito rapidamente e permanece aderido à superfícies por longas horas. O uso do álcool em gel ou o ato de lavar cuidadosamente as mãos são recomendações de suma importância. Podem significar a diferença entre a vida e a morte sua, ou de um ente querido, um amigo, um vizinho.

Eu estou recluso, dentro de minha casa, há mais de um mês, aliás quase dois. Mesmo assim não tenho certeza de ficar incólume. Meus familiares me ajudam nesse processo, pelo fato de eu já ser idoso, ter diversas comorbidades, o que me torna uma pessoa com alto risco, em caso de infecção. Apesar disso espero poder escrever muitas mensagens aos amigos e para o público em geral, depois que essa tormenta tiver passado.

Se possível, fiquem em casa, não saiam à rua sem usar máscara. Lavem as mãos antes de tocar no rosto, nos alimentos e utensílios de uso geral ou use álcool em gel. Por mais que nos cuidemos, ainda assim estamos sujeitos ao contágio. Não devemos dar sopa ao azar, como se usa dizer em situações de risco.

A todos um abraço e fiquem com a benção de Deus.

Curitiba, 29 de abril de 2020

Décio Adams

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