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Arraial do campestre.
O ano de 1847 estava findando e Afonso se sentia bom. Zulmira e a mãe Salviana insistiram que continuasse a visitar regularmente a fonte do monge. Temiam que a doença voltasse e depois ficasse mais difícil ou impossível de curar. No primeiro domingo de dezembro, bem cedo, embarcou numa charrete que os novos patrões haviam conseguido para ele, pois andar a cavalo com aquela perna rija era bem desconfortável. Ao seu lado ia a esposa solícita, acompanhando o marido. Ele era seu herói, depois da participação na guerra e não aceitava de modo algum que ele lhe fosse levado. Sobrevivera a dois ferimentos e estava superando uma doença normalmente considerada incurável.
Ninguém havia atestado, mas tinham praticamente certeza de que o mal que afetara os pulmões de Afonso era a tísica. Doença para a qual ainda não existia cura na medicina. As águas santas do campestre e do Botucaraí haviam operado o milagre. Saíram bem cedo e chegaram em torno de 10 horas. O movimento em torno da fonte era intenso. Era preciso esperar a vez para conseguir se lavar, colher água limpa para beber nos próximos dias e assim completar o processo de cura. Passaram praticamente o resto do dia ali, até retornarem em tempo de chegar à fazenda antes do escurecer. Nesse dia o monge estava no outro morro, onde também encontrara uma fonte de iguais propriedades. Muita gente havia ido lá e encontrado os mesmos resultados.