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Natal

Papai Noel em seu trenó puxado pelas renas

Time de futebol de Papai Noel em Rovaniemi, Finlândia.

Presépio com Reis Magos.

Enfeites natalinos. 

Símbolo natalino. Árvore enfeitada. Tradição surgida também na Alemanha. 
Natal


        Sempre que ouvimos, lemos ou recordamos dessa data, em geral o que nos vem a mente, são as suas conotações festivas, presentes, ceias, roupas novas e um sem número de aspectos materiais. Bem depois, ou então nunca, lembramos do sentido original da data.

        Registros históricos nos mostram que, no momento da adoção do cristianismo como religião oficial pelo império romano, acabou-se associando uma festa pagã, ligada ao deus Sol da mitologia greco/romana. Há críticas a essa escolha, sugerindo que deveria ser comemorado o nascimento de Cristo em uma data entre os meses de setembro e outubro. Mas mesmo esses cálculos são imprecisos devido a inexistência de registros históricos capazes de levar a uma fixação sequer do ano, quanto mais o dia e mês em que esse fato ocorreu. Na época dessa escolha, tratava-se de usar uma data já por si festiva entre os convertidos, para implantar a celebração de um fato importante para a nova crença que se adotava.

        O fato de que alguns símbolos pagãos passarem a estar presentes nas festividades cristãs é menos importante. Não se consegue arrancar de maneira definitiva alguma coisa há muito tempo consolidada na vida e costumes de um povo.

        No século III e IV viveu na Turquia um arcebispo de nome Nicolau. Nascido em 1280, exerceu seu episcopado na cidade de Mira. De coração generoso, era de seu hábito ajudar aos mais necessitados. Costumava colocar um saco com moedas de ouro na chaminé das casas de quem queria ajudar. A intenção provavelmente era passar despercebido, por isso não fazia a entrega em mãos dos necessitados. Me parece que esse procedimento está associado às palavras do Mestre: “Que a tua mão esquerda não saiba o que a direita faz”.

        Após sua morte, ocorreram relatos de milagres por sua intercessão. Esses levaram a declaração de sua santidade, passando a ser venerado como São Nicolau e a data de sua comemoração é 06 de dezembro.

Figura antiga de Papai Noel

        Séculos mais tarde, a figura de São Nicolau foi popularizada na Alemanha. O dia que lhe é dedicado passou a ser usado como data para distribuição de presentes, especialmente às crianças. Como sou de descendência alemã, lembro que em criança se falava muito do dia de São Nicolau (Niklaus Tag). Nessa época já era relegado a segundo plano, preferindo-se distribuir os presentes no dia de Natal. Muitas vezes era empregada a expressão “Presente do Menino Jesus” em lugar de Presente de Papai Noel (Pelz Nikel). Essa expressão certamente uma mistura de Niklaus com Pelz (pelego). Não sei bem a que é devida essa associação com pelego. Talvez as vestes do bom velhinho.

        Nos países de tradição grega, o dia de dar presentes é o 01 de janeiro. Nessa data se comemora o dia de São Basílio, outra figura associada à mesma ideia de fraternidade, partilha e amor cristão.

        A tradição de atribuir a São Nicolau, Santa Claus nos Estados Unidos e Canadá, a tarefa de distribuir presentes, se difundiu no mundo inteiro. Mesmo nos países predominantemente de outros credos como Índia, Japão e outros. Aos poucos foi sendo associada a conotação bem mais comercial à data, ficando o aspecto religioso relegado a um plano secundário. Em grande parte o espírito natalino hoje é puramente comercial, pouco restando do início da tradição. Associava-se o “Dar presentes” ao ato de caridade de dar a quem mais precisa. No final do artigo vou fornecer o link para vários sites, entre eles um que fala dessa questão. Embora em um de seus parágrafos tenha uma conotação de “demonização” da forma atual de comemoração do Natal, no restante é bem interessante de ler. Vale a pena.

        Vamos conhecer alguns dados históricos a respeito do bom velhinho. Em 1822/23, um professor de literatura grega de Nova York, de nome Clemente Clerk Moore, fez para seus filhos uma poesia. Nela ele introduz a lenda do trenó puxado por renas no transporte, bem como a descida pelas chaminés, provavelmente uma referência ao costume de São Nicolau de deixar os sacos de moedas nas chaminés das casas. Tomo a liberdade de transcrever o texto da poesia, retirado de um site cujo link forneço no final.
Papai Noel Entrando pela chaminé da casa.


A VÉSPERA DE NATAL

 Era véspera de Natal, e nada na casa se movia,
 Nenhuma criatura, nem mesmo um camundongo;
 As meias com cuidado foram penduradas na lareira,
Na esperança de que Papai Noel logo chegasse;
As crianças aconchegadas, quentinhas em suas fronhas, 
Enquanto rosquinhas de natal dançavam em seus sonhos;
Mamãe com seu lenço, e eu com meu gorro,
Há pouco acomodados para uma longa soneca de inverno;
Quando no jardim começou uma barulhada,
Eu pulei da cama para ver o que estava acontecendo.
Para fora da janela como um raio eu voei,
Abri as persianas, e subi pela cortina.
A lua no colo da recém-caída neve,
Dava um lustro de meio-dia em tudo em que tocava,
Quando, para meus olhos curiosos, o que apareceu:
Um trenó miniatura, e oitos renas pequenininhas,
Com um motorista velhinho, tão alerta e muito ágil,
E eu soube, na mesma hora, que era o Noel.
Mais rápido que uma águia vinha pelo caminho,
E assobiava, e gritava, e as chamava pelo nome;
“Agora, Dasher! Agora, Dancer! Agora, Prancer e Vixen!
 Venha, Comet! Venha, Cupid! Venham, Donder e Blitzen!
Por cima da sacada! Para o topo do telhado!
Agora fora, depressa! Fora todos, bem depressa!”
Como folhas revoltas antes do furacão,
Sem encontrar obstáculos, voaram para o céu,
Tão alto, acima do telhado voaram,
O trenó cheio de brinquedos, e Papai Noel nele também.
E então num piscar de olhos, ouvi no telhado
O toque-toque e o arrastar dos casquinhos.
Como um desenho em minha cabeça, assim que virei 
Descendo a chaminé Papai Noel vinha resoluto
Todo vestido de peles, da cabeça até os pés,
E com a roupa toda manchada de cinzas e carvão;
Um saco de brinquedos em suas costas,
Parecia um mascate ao abrir o saco.
Seus olhos – como brilhavam! Suas alegres covinhas!
Suas bochechas como rosas, seu nariz como uma cereja!
Sua boquinha sapeca curvada para cima como num arco,
A barba em seu queixo tão branca como a neve;
O cabo do cachimbo bem preso em seus dentes,
A fumaça envolvendo sua cabeça como uma guirlanda;
Tinha um rosto redondo e uma barriga grande,
Que sacudia, quando ele sorria, como uma tigela de geléia.
 Era gordinho e fofo, um perfeito elfo velhinho e alegre,
E eu ri quando o vi, sem poder evitar;
Uma piscada de olhos e um meneio de cabeça,
Na hora me fizeram entender que eu nada tinha a temer;
 Não disse uma só palavra, mas voltou direto ao seu trabalho,
 E recheou todas as meias; então virou no
pé,
E colocando o dedo ao lado do nariz,
Acenando com a cabeça, a chaminé escalou;
Pulou em seu trenó, ao seu time assobiou,
E para longe voaram, como pétalas de dente-de-leão.
Mas ainda o ouvi exclamar, enquanto ele desaparecia “Feliz Natal a todos, e para todos uma Boa Noite!” – 

Caroline Carvalho com Papai Noel 1997.


Como podemos notar as renas tem todas elas seus nomes e são em número de oito. Em 1939 surgiu um relato lendário como título A Rena do Nariz Vermelho, Rudolph. Ela passou a integrar o grupo de renas de Papai Noel e agora elas são nove. Seu nariz vermelho serve de sinalização para guiar as demais nas escuridão da noite de Natal. Assim as renas tem por nomes em português: Rodolfo, Corredora, Dançarina, Empinadora, Raposa, Cometa, Cupido, Trovão e Relâmpago. (Essa informação eu ignorava até hoje, quando fui pesquisar).

Papai Noel cuidando filhote de rena.

Trenó de passeio, apenas com uma rena. kkkkkkkk. 

No início da tradição de São Nicolau, ele era representado com trajes episcopais, como fora em vida. Foi Thomas Nast, caricaturista da revista Herper’s Weeklys em 1886 que lhe criou as vestimentas atuais. Tinham nessa época a cor verde predominante. Foi em 1915 que a White Rock Beverages, usou publicitariamente o bom velhinho em trajes vermelhos para vender água mineral e em 1923 para anunciar ginger ale.  A primeira alusão ao uso da cor vermelha foi feita pela revista Puck, nos primeiros anos do século XX.
A difusão mais intensa da cor vermelh
a nos trajes de Papai Noel ocorreu por ocasião do uso da Coca-Cola de sua figura em trajes vermelhos em 1931 para fins publicitários.

Segundo a tradição europeia o bom velhinho mora na Lapônia, mais precisamente em Rovaniemi, onde existe até um escritório e um parque temático “Santa Park”, que é atração turística. Já na América do Norte a tradição indica que ele mora no Polo Norte. Apenas uma ligeira mudança.

Há muito tempo existe no mundo cristão o hábito de enviar cartas dirigidas aos santos de devoção das pessoas, solicitando a intervenção junto à divindade. No século XX surgiu também essa tradição de estimular as crianças a enviar cartas a Papai Noel. Evolui tanto que hoje existem organismos oficiais e semi-oficiaispara receber essas cartas. Os pedidos altamente onerosos costumam ser ignorados.

No Brasil, desde 2001, a empresa dos Correios encampou essa tarefa. Todos os anos os carteiros recolhem as cartas dirigidas ao Bom Velhinho, selecionam as que contém pedidos razoáveis e quem quer participar, vai até uma agência, onde escolhe uma ou mais cartas para satisfazer o pedido. Os correios se encarregam da distribuição dos presentes coletados. Em 2008 a estatística era de 50% das cartas atendidas.
Na Finlândia existe um escritório oficial cujo endereço é:

Santa Claus
CP.: FIN – 96930 – Artic Circle
Rovaniemi – Finlandia.

Abaixo seguem os sites que você pode acessar para encontrar maiores detalhes, inclusive as imagens que coloco nesse artigo vem desses sites (especialmente Wikipédia). Se quiser saber somo se diz “Papai Noel” em mais de vinte línguas ou “Feliz Natal” em 32, encontrará a lista no final do texto do site Wikipédia.

–  pt.wikipedia.org/wiki/Papai_Noel
– tolkienbrasil.com/noticias/diversas/origem-papai-noel-de-clark-more-j-r-r-tolkien

– www1.uol.com.br/bíblia/revista/ediçao7/natal.htm
– http://www.santatelevision.com/papainoel/fotos-papai-noel-laponia-finlandia/papai-noel-nenem-rena-laponia-finlandia/
Papai Noel pescando, tendo um Elfo ao lado.

Vila de Papai Noel em Rovaniemi, Finlândia.

Papai Noel levando brinquedos em noite nevada.

Imagens tiradas dos sites acima mencionados. 

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